O valor das equipes intergeracionais

O valor das equipes intergeracionais

Segundo a Great Place to Work, consultoria global especializada em apoiar empresas a obter melhores resultados, atualmente cerca de 25% da população brasileira (mais de 55 milhões de pessoas) têm mais de 50 anos de idade, mas a estimativa é de que apenas 5% desse contingente está empregada. Por que será? Não seria porque as corporações em geral não estão sabendo aproveitar o potencial dessa galera mais experiente? O que, na sua opinião, as empresas deveriam fazer para reter talentos dessas faixas etárias ou mesmo abrir vagas para esses profissionais e assim contar com times intergeracionais?

O mais curioso é que isso não ocorre só no Brasil. De acordo com o Centro de Longevidade Internacional (ILC), na Europa apenas um terço das pessoas com idades entre 60 e 64 anos estão empregadas. Mas esse é um panorama que deverá mudar globalmente no futuro próximo por dois motivos principais: porque no mundo todo as pessoas estão vivendo mais em relação ao passado e porque muitas empresas já estão percebendo que têm muito a ganhar mantendo ou contratando profissionais mais experientes em seus times.

É o que comprova uma pesquisa realizada pela PwC Brasil com empresas que contam com maior percentual de colaboradores 50+ em suas equipes. O estudo revelou que nessas corporações houve uma redução da taxa de rotatividade de profissionais e o clima organizacional melhorou muito, assim como o nível de satisfação dos clientes.  Esse pessoal 50+ também demonstrou ter maior comprometimento no trabalho (89%) e maior equilíbrio emocional se comparado aos mais jovens (88%).

E os benefícios obtidos vão muito além dos acima citados, como demonstra um estudo do Grupo de Consultoria de Boston que avaliou 1.700 companhias de oito países e constatou que aquelas que dispunham de maior diversidade em seus quadros (de gênero, racial, nível educacional e idade) apresentaram, em média, 19% a mais em receitas de inovação, e 9% a mais em lucratividade.

Algumas empresas como Itaú, Bayer, Johnson&Johnson, Vivo, Votorantim, Gol, Chilli Beans, Unilever e algumas outras de diferentes portes e áreas de atuação já estão criando programas e iniciativas nesse sentido por compreenderem que a convivência intergeracional possibilita uma troca muito rica de experiências distintas de vida, resultando num trabalho mais produtivo, inovador e capaz de entender e atender melhor os clientes e consumidores finais. O desafio é promover isso de forma natural, até porque depende das próprias pessoas saber ouvir e aprender umas com as outras e assim possibilitar uma convivência harmoniosa e produtiva.

Para aquelas empresas que ainda não estão sequer pensando nisso, aí vai uma dica: que tal dar uma olhada no estudo Diversidade Longevidade Rotas 2035, elaborado pelo Centro de Inovação do Sesi (CIS) e que contou com a cooperação técnica de 54 especialistas?  Considerando a diversidade num sentido mais amplo (relativo aos pilares etário, gênero, racial, LGBTI+, e pessoas com deficiência), esse estudo analisa a situação atual e traça um roadmap muito interessante, com trajetórias possíveis para a construção futura de organizações mais justas, inclusivas e prósperas.

Confira o estudo na íntegra: http://longevidade.ind.br/wpcontent/uploads/2020/06/Rota_Diversidade_Longevidade_Livro_ebook.pdf

sandra turchi - blog
assinatura sandra turchi
Especialista em Marketing Digital e E-commerce, palestrante, professora e sócia-diretora da Digitalents.

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