Temos observado o crescimento de oportunidades no marketing digital para os pequenos empresários, visto que a internet é hoje o lugar onde os consumidores buscam diferentes informações sobre empresas e produtos, antes de realizarem suas compras. Desde livros e CD’s (as “vedetes” das primeiras eras do e_commerce) até compras mais elaboradas, como carro ou apartamento, as pessoas almejam fazer um bom negócio e isso, normalmente, envolve uma etapa de pesquisa, na qual a internet se insere perfeitamente, mesmo que depois as pessoas optem por comprar na loja física.
Isso traz à tona questões importantes que as empresas devem estar atentas. Mesmo no caso de redes em que os vendedores das lojas acreditam que a internet “compete” com suas vendas, ou seja, eles acham que a web é uma concorrente, essas empresas deverão mudar sua visão, pois o ideal é que exista uma integração e a internet funcione de forma complementar no processo citado acima, onde se buscam informações antes de realizar determinado investimento. Alguns chamam isso de “Multicanal”, ou seja, disponibilizar canais de acesso diferentes ao consumidor, para que ele decida onde, e quando, deseja efetivar sua compra. Outro exemplo que aponta a internet como excelente canal para as PME’s foi demonstrado pelo autor Chris Anderson, com sua teoria sobre a “cauda longa”, na qual descreve as possibilidades de negócios voltados a atender as mais variadas, e até “bizarras”, demandas. Como exemplo há pessoas interessadas nas músicas ‘menos famosas’ de bandas de rock, portanto, onde se pesquisariam esses produtos se não na internet?
Um site na web pode funcionar como veículo principal de acesso e venda de determinados produtos, ou como canal complementar a redes tradicionais. Para ilustrar essa tendência destaco que, das 10 empresas de varejo premiadas em serviços na NRF-2009 (National Retail Federation – Nova York), oito delas são do varejo ‘não-loja’, sendo quatro totalmente virtuais, e as duas redes do mundo real que estão nessa lista são pioneiras no varejo on-line.
Mas vamos voltar ao foco: pequenas e médias empresas. Antes de oferecer produtos para nichos específicos, os pequenos empresários precisam investir num site relevante e posteriormente utilizar as ferramentas de busca para divulgar seus produtos e serviços, pois é justamente onde as pessoas pesquisam, como Google e Yahoo. Há dois caminhos para isso, devem fazer com que seu site apareça na chamada “busca orgânica”, e também podem utilizar ‘links patrocinados’, que aparecem somente para os internautas que pesquisam determinado assunto. Os valores para esse modelo são considerados baixos, pois só serão pagos se forem efetivamente vistos. Além dessas, há inúmeras ações que o pequeno e médio empresário podem utilizar como, por exemplo, a criação de vídeos para o YouTube que, dependendo do interesse gerado, pode levar ao que se chama de “marketing viral” – um tipo de publicidade gratuita, pois circula a internet via envios feitos pelos internautas – porém é sempre uma incógnita se a ação terá esse efeito ou não. Além do envio de email marketing para as bases de clientes da própria empresa, seja para se comunicar simplesmente ou enviar promoções exclusivas.
Outra ação viável é o uso das redes, visto que o brasileiro é um dos povos que mais navega em comunidades. Todas essas ações podem ser feitas pela empresa, mas o ideal é a contratação de um profissional especializado para que se possa obter melhores resultados, pois eles já conhecem detalhes dessas operações. Caso a empresa não tenha quantidade substancial de promoções que justifique ter um profissional assim, indica-se o uso das “também” pequenas empresas de assessoria em internet, que oferecem um bom trabalho a custos acessíveis. Eu recomendo!
Artigo Publicado na Revista BtoB – março/09