O e-commerce é um dos segmentos que mais cresce no país devido à facilidade de abertura de uma loja virtual, assim como a abrangência se comparado às lojas físicas, já que é possível enviar um produto praticamente para qualquer lugar do mundo.
Promessa de grande movimentação financeira para 2014, o e-commerce no Brasil demonstra números e dados bastante atrativos, corroborando com as previsões feitas anteriormente sobre a franca expansão deste setor.
Em março de 2014 o relatório anual Webshoppers, da E-bit, previa um crescimento de 20% para o e-commerce no Brasil, mas recentemente o Portal E-commerce Brasil apresentou números ainda mais interessantes. Segundo o site, o e-commerce brasileiro deve faturar em torno de R$ 39,5 bilhões, o que representa um crescimento de 27% no ano. Ainda não há previsões para 2015, mas a tendência é que este número se mantenha para o futuro.
Ainda segundo o relatório Webshoppers, as categorias mais vendidas em 2013 foram moda e acessórios, produtos de beleza e eletrodomésticos. Esse comportamento se mantém em 2014, visto o que o cliente busca na internet a comodidade ao comprar produtos e recebê-los sem sair de casa.
Logística
No campo da logística, um levantamento da empresa Axado demonstrou que o principal meio de distribuição utilizado pelos empreendedores do e-commerce ainda é o PAC, dos Correios, empresa detentora de 93% da demanda das lojas virtuais no Brasil no que se refere ao envio dos produtos vendidos. Na sequência vem a entrega por transportadoras, tendo 35% do mercado e, por último, 13% das empresas utilizam frotas próprias para atender às demandas logísticas de seus e-commerces.
Esses números demonstram que existe um vasto campo a ser explorado no que diz respeito à logística para o e-commerce, já que trabalhar com grandes companhias pode não ser financeiramente atrativo para um pequeno empreendedor da internet. Entregas locais, por motoboy ou mesmo pequenas entregas, mostram ser um bom nicho de mercado para se trabalhar.
Confiança do empreendedor no e-commerce
A 6ª edição do Índice de Confiança do Varejista no E-commerce trouxe dados importantes para o setor. De acordo com o relatório final, as empresas varejistas continuam sendo as mais interessadas no e-commerce, devido à sua atividade. Para conquistar mais clientes, essas empresas têm investido pesadamente em estratégias de e-mail marketing e integração multicanal, uma tendência que já está bem definida no marketing digital.
Em contrapartida, verificou-se também uma queda no interesse pelo marketing em mídias sociais, caindo de 39% para 32%. Isso demonstra uma tendência que pode afetar diretamente no relacionamento das empresas com seus clientes, por isso é bom ficar atento e acompanhar esses números.
Permanência no mercado
O site E-commerce destacou recentemente uma preocupação com o e-commerce no Brasil: a maioria das lojas virtuais deixa de operar em apenas três meses, algo realmente preocupante quando se pensa no pequeno empreendedor. Sem conhecimentos suficientes sobre o mercado, o empreendedor acaba sendo engolido pela concorrência. Outros fatores destacados também são a falta de planejamento para o negócio e também a falta de profissionalização da equipe, fatores que estão sendo amplamente trabalhados por sites e profissionais do setor.
De maneira geral, os dados do e-commerce no Brasil demonstram um mercado em franca expansão, mas que ainda precisa de amadurecimento no que tange à profissionalização do mercado e serviços oferecidos, bem como no desenvolvimento de tecnologias e soluções que agreguem valor ao consumidor final. De qualquer maneira, para quem deseja empreender neste segmento, ficam as dicas: buscar conhecimento, compreender o mercado por planejar e contratar profissionais competentes.
Por Sandra Turchi