Inteligência Artificial para o bem ou para o mal Digitalents - Sandra Turchi

Inteligência Artificial para o bem ou para o mal: veja casos

Quando desenvolvi o tema da palestra Inteligência Artificial para o bem ou para o mal eu sabia que estava tratando de um assunto que era tendência e que exigia discussão. Mas confesso que me impressionou o destaque dado a essa abordagem.

De uma forma ou de outra, a impressão que fica é a de que todos os olhos estão, de fato, voltados para o que pode ser feito com as inovações da IA.

Como foi descrito nesta reportagem recente da revista Forbes, a maioria dos executivos brasileiros tem investimentos tecnológicos nesse sentido em sua agenda de gestão – estimativa de US$ 1 bilhão de investimento nessa área, apenas em 2023.

Mas em linhas gerais, o que percebo é que nesse cenário, estão alguns tipos de dúvidas, como:

  • Quais as funcionalidades da Inteligência Artificial?
  • Como ela pode ser utilizada no meu modelo de negócio?
  • Que riscos a IA oferece?

Apesar de estarmos vivenciando um boom dessa proposta, principalmente, por conta da ampla difusão mundial dos recursos de inteligência artificial generativa, como explico melhor a seguir, esse não é um tópico novo.

Há alguns anos o mercado de comunicação, marketing digital e o mundo corporativo como um todo já discutem pilares relacionados a essa vertente.

Esse tipo de experiência e o contato com implementações distintas nesse tempo me fizeram estruturar o conteúdo da palestra Inteligência Artificial para o bem ou para o mal. E é sobre esses aspectos que gostaria de discorrer um pouco mais neste artigo.

O que é inteligência artificial generativa

Vocês também têm a impressão de que o ano já está acabando e, do começo ao fim, nós só falamos sobre ChatGPT?

Essa é uma forma bem-humorada de dizer que 2023, de fato, vai ficar marcado como um período em que as ferramentas de inteligência artificial generativa foram reveladas e popularizadas em todo globo terrestre.

Em linhas gerais, estamos falando de uma tecnologia capaz de aprender padrões de forma complexa e assim gerar conteúdos em texto, imagem e som, por exemplo, de forma muito natural, reproduzindo os processos feitos até então por seres humanos.

Os resultados surpreendentes dessas técnicas não “brotam” do nada – eles vêm de complexas bases de dados, que são colocadas em práticas por meio de uma característica de aprendizagem da máquina ou, no inglês, machine learning.

Aqui, é claro, estamos falando do já citado ChatGPT e de outras plataformas como o Bard, DALL-E e Midjourney.

Inteligência Artificial para o bem ou para o mal?

Um ponto que merece ser destacado, antes de qualquer análise posterior, é a de que a inteligência artificial está transformando o mundo e o mercado de trabalho e, para se preparar para esse novo momento, sua empresa precisa capacitar seus colaboradores.

De forma direta, vou elencar aqui vantagens que esses recursos, que vão muito além das ferramentas citadas no item anterior, podem resultar nos processos internos e serviços da sua empresa.

Redução de erros humanos

Todos conhecemos aquela máxima de que “errar é humano”, não é mesmo?

Essa reflexão pode ser feita quando estamos tratando da implementação da Inteligência Artificial para o bem ou para mal.

A inserção de sistemas inteligentes e chatbots, por exemplo, desde que programados com a realidade das demandas a serem atendidas naquele trabalho, eliminam riscos de erros humanos, por exemplo, por desatenção.

Redução de riscos

Quando falamos em humanidade, há também a questão dos riscos que a IA pode ajudar a reduzir (ou, até mesmo, eliminar).

É o caso de posições que envolvam a possibilidade de acidentes e contaminação.

Total disponibilidade

Há casos interessantes onde os processos de automação e inteligência artificial foram decisivos na difusão de um produto.

Um curso universitário específico foi citado no decorrer do programa Altas Horas, da TV Globo, exibido no final das noites de sábado. Durante a madrugada, a instituição de ensino teve registros de chamados em seu chatbot, que encaminhou potenciais leads na captação de alunos.

É esse o espírito, um processo que está pronto a prestar atendimento, com informações e encaminhamentos nas 24 horas do dia, nos sete dias da semana. Não se trata de uma total substituição do homem pela máquina.

Mas são triagens importantes até a chegada de um atendente que possa conduzir ou finalizar a etapa.

Imparcialidade nas decisões

Na correção de um processo seletivo, na análise de uma candidatura a uma vaga de trabalho, na tomada de decisão baseada em dados e tendências, a inteligência artificial é capaz de escolher o caminho correto.

Quando a atitude está diretamente ligada a dados concretos, sem uma avaliação subjetiva, estamos diante de um algoritmo que vai optar pelo caminho que a base de informações indicar.

Sem preferências ou interferências no processo.

Inteligência Artificial: pontos de atenção

O título da palestra é Inteligência Artificial para o bem ou para o mal. Isso significa que é fundamental, também, pontuar algumas características que exigem cautela sobre esse assunto.

Aqui estão algumas delas:

Falta de emoções e criatividade

Para funções que exijam sensibilidade e abordagens mais criativas, a máquina não vai proporcionar resultados na mesma medida.

Se isso for fundamental no seu core business, a IA não poderá lhe auxiliar de forma decisiva – ao menos nessas etapas específicas.

E aqui não podemos deixar de citar casos problemáticos ao redor do mundo, onde a inteligência artificial generativa vem trazendo resultados com perspectivas sexistas e racistas, por exemplo.

Esse tipo de apontamento, além de tantos outros problemas, como os limites do desenvolvimento desses mecanismos, fomenta discussões ainda mais profundas.

E essa preocupação parte, inclusive, de players importantes da indústria das big techs, que assinaram manifesto internacional revelando preocupação com a velocidade que a pauta está avançando.

Custos

Apesar da tendência de aumento de investimentos nesse tópico, ainda se trata de uma tecnologia que exige custos elevados para sua implementação.

Principalmente, se estamos falando de modelos de negócios que vão exigir soluções feitas sob medida para a atuação.

É preciso ter essa característica no radar, antes de buscar os caminhos dessa vertente tecnológica.

Inteligência Artificial para o bem ou para o mal. Essas são algumas reflexões que fazem parte de um assunto em alta que, certamente, vai estar presente no dia a dia de sua empresa ou negócio nos próximos tempos.

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Especialista em Marketing Digital e E-commerce, palestrante, professora e sócia-diretora da Digitalents.

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