Muito tem sido falado sobre redes sociais. As pessoas e empresas se mostram incomodadas com o fato de não saberem como funciona determinada ferramenta, e passam, mesmo que de forma desajeitada, a utilizá-la para que possam aprender. Passam a criar fóruns, entram no twitter, criam blogs, iniciam algum tipo de acompanhamento de outras redes para saber o que falam, ou não, sobre sua marca, enfim, pode-se perceber que a preocupação é grande, e pertinente.
Porém é importante salientar que quando estamos tratando de empresas, não é aconselhável tratar esse aprendizado de forma tão amadora, pois é a imagem da instituição que está em jogo, e todo cuidado é pouco. O recomendável é que a companhia destaque um profissional para se ocupar da gestão de sua presença digital. Mesmo que não exista disponibilidade financeira para destinar um membro da equipe somente para essa função, principalmente no caso de pequenas e médias empresas, ele poderá ficar parcialmente focado nessa atividade, mas é necessário ter alguém com essa missão.
Por que tanto cuidado? Primeiro porque a empresa precisa ter conhecimento sobre o funcionamento das redes na web. Segundo, precisa definir seus objetivos e sua estratégia de abordagem e relacionamento. Terceiro para que não tenha um resultado desastroso com essa iniciativa, o que pode resultar exatamente no oposto do que era sua pretensão inicial.
É indicado buscar apoio profissional para fazer um mapeamento inicial sobre como anda sua marca na web. Existem empresas especializadas nisso. Depois é fundamental saber como se aproximar dos membros da rede. Pois não se pode ser um “invasor” daquela comunidade. Citando o jornalista e amigo Edu Vasques, é necessário “pedir licença” para fazer contato, pois devemos ter, nos relacionamentos no mundo digital, a mesma educação que temos fora dele. É preciso demonstrar que o contato não é uma ameaça e que se respeita o espaço do usuário. É preciso conquistar a confiança das pessoas.
Quando estamos falando de redes sociais, em geral, estamos tratando com grupos de pessoas especializadas em determinado assunto, ou com interesses específicos em certos temas, sendo assim, é importante conhecê-los melhor antes de qualquer ação. Existem grupos focados em viagens, outros em maternidade e bebês, outros são grupos de interesses em animais, como o ‘petkut’, outros são focados no público gay feminino, como o ‘leskut’, existem grupos religiosos, outros voltados a quem está construindo ou decorando sua casa, enfim, há uma enorme quantidade de interesses, e para cada um parece haver uma comunidade diferente.
Um exemplo de estratégia bem sucedida foi a criação da comunidade da marca Harley Davidson, que na verdade já existia há muito tempo no mundo real, afinal há todo um jeito de ser em torno da marca que foi levado para criar a comunidade virtual. Esse é o ponto, ou seja, as redes sociais sempre existiram, o que a internet fez foi trazer isso para uma nova base de troca, mas os interesses, os desejos, são os mesmos, pois são desejos de pessoas. Esse exemplo ilustra o que era e continua sendo importante, atender os interesses do público que interessa àquela empresa. É trazer conteúdo relevante, criar experiências memoráveis, é encantar o cliente, mas agora, no mundo digital.
A maior parte do tempo de navegação é destinada às redes de relacionamento, pois o internauta é ávido por interação, e com a melhoria da tecnologia e o maior acesso à banda larga haverá uma ampliação ainda mais rápida da sua participação.