Enquanto observamos uma queda nos investimentos publicitários on-line nos EUA, em 2009, no Brasil o que temos visto é exatamente o contrário, uma expansão rápida e aparentemente irreversível, com perspectivas de crescimento no volume total em torno de 30%.
Dentre os setores da economia que mais tem ampliado esses investimentos podemos destacar o automobilístico, a construção civil, os eletro-eletrônicos entre outros.
Há também um crescimento observado nos investimentos para implantação ou expansão de negócios on-line, no qual se destaca a participação das micro e pequenas empresas, que vem sendo observado ao longo de 2009, reduzindo a enorme concentração, que ainda persiste, em poucos e grandes players.
Dentre os setores que veremos expansão também no e-commerce está o varejo de conveniência, como farmácias e produtos para presentes. Um segmento que ainda é muito incipiente e pode vir a crescer muito no futuro é o de vestuário e acessórios, pois ainda apresentam baixa adesão no Brasil em comparação com outros países, onde existe menos resistência a esse tipo de compra.
O crescimento no volume de investimentos será visto também na aquisição de ferramentas de suporte ou “retaguarda”. Esses investimentos se referem à necessidade de monitoramento de redes sociais, com a contratação de equipes dedicadas ou empresas terceirizadas para levantar e acompanhar a situação das marcas nas redes sociais e na web em geral. Esse tipo de serviço é fundamental para as empresas que desejam entender e aprimorar o relacionamento com seus diversos públicos na web.
Outro serviço de retaguarda que crescerá também está relacionado às ferramentas de mensuração de resultados, pois as empresas vêm percebendo cada vez mais a importância de avaliar os investimentos realizados e aperfeiçoar continuamente suas ações, através de um trabalho empírico, pois os resultados são absolutamente diferentes de empresa para empresa, de segmento para segmento e essa variação faz com que seja necessário desenvolver ferramentas próprias, bem como adquirir serviços de terceiros muitas vezes, para que se tenha uma visão completa do que está sendo obtido com os investimentos baseados em estratégias de marketing digital.
Outra tendência é a busca por maior conhecimento, por parte das empresas, sobre o funcionamento das ferramentas de busca, pois o que se observa ainda é que muitos investimentos são feitos no desenvolvimento de sites corporativos, mas sem grande preocupação com uma efetiva “presença digital” que é o fator primordial para contribuir com a localização, ou “encontrabilidade”, da empresa na web pois, como se sabe, cada vez mais esse é um fator de sucesso ou fracasso para as instituições, dado o hábito de uso dos buscadores, de todos os tipos, desde aqueles por palavras-chave, como Bing, Google e Yahoo, como buscadores de vídeos, buscadores de preços, etc.
Esse movimento de migração das verbas para o marketing digital também está totalmente relacionado ao fato de se poder chegar mais próximo do tão falado marketing one-to-one, idealizado pelos profissionais de marketing direto por 20 anos, mas que agora se torna realidade, com o uso inteligente dos dados, para oferecer de maneira eficiente o que o consumidor realmente deseja adquirir. Some-se a isso a facilidade que a web oferece para obtenção de uma infinidade de dados a respeito dos internautas. Esse uso inteligente dos dados pode ser observado no exemplo da loja virtual Amazon, que aprimora continua e brilhantemente sua operação fazendo uso desse diferencial.
A busca de conhecimento, citada acima, que vem ocorrendo por parte das empresas no sentido de não perderem o ‘bonde da história’, impacta também os profissionais, tanto de marketing, publicidade, imprensa, como praticamente de todas as áreas, de forma tão frenética como nunca havia sido visto antes, isto porque a internet imprime uma velocidade alucinante, que faz com as pessoas se sintam completamente alienadas em questão de poucos meses.