Web Summit – percepções e aprendizados

Web Summit – percepções e aprendizados

Já fui a inúmeros eventos nacionais e internacionais, seja como palestrante ou visitante, mas o Web Summit é algo realmente diferente, não apenas pelos seus grandes números, e sim pelo fato de tudo realmente ser superlativo: as filas, as checagens sem fim das nossas pulseiras e crachás por parte da segurança, a quantidade de palestras que “ninguém” dá conta de acompanhar, e por outro lado as infindáveis possibilidades de conexões, principalmente se você vem num grupo bem organizado, pois percebo que isso faz “toda” a diferença, mas mesmo assim, não se iluda achando que você conseguirá fazer ao menos 50% do que se propôs.

Aos mais acelerados eu recomendo algum ansiolítico antes de vir ou muita meditação (meu caso), do contrário, corre-se o risco de alguma indisposição ao longo da semana. Não devemos depositar todas as expectativas apenas no evento em si, afinal, como falei no artigo anterior, o grande protagonista é mesmo o ecossistema que se instalou em Portugal e que faz tudo valer a pena.

Realmente não se trata de um evento para apenas buscar conhecimento, ou assistir a palestras, é muito mais sobre ampliar a visão, sobre conectar-se ao novo e tentar absorver isso de forma mais natural, pois é como se esses ingredientes estivessem “no ar” que respiramos na cidade nesse momento.

Claro que existe muito conteúdo bom e inovador, com palestras de empresas como Wikipedia, Amazon, Microsoft, Samsung, etc, isso só pra falar sobre tecnologia, mais empresas do setor de moda, automóveis, serviços, só que também contou com a palavra de Tony Blair, Edward Snowden, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo fenômeno… ou seja, tem de tudo por aqui!

E também é fantástico saber que alguns brasileiros estão brilhando como o case da iFood, unicórnio brasileiro que teve como porta voz seu CEO, Carlos Moyses, que contou um pouco do sucesso dessa foodtech e sobre como a inteligência artificial é a base do avanço contínuo, prevendo melhores rotas de entrega, tempo de preparo por parte dos restaurantes, mapeamento de horários, etc.

O iFood tem mais de 115 mil restaurantes cadastrados, mais de 20 milhões de pedidos/mês e está presente em mais de 800 cidades no país. Além da integração com assistentes de voz como o Alexa, por onde os usuários podem também fazer seus pedidos em português e vão iniciar o próximo ano com o uso de robôs autônomos para apoiar a entrega em Shopping Centers de São Paulo. Outro brasileiro que marcou presença nos palcos foi Marcelo Lombardo, CEO da Omiexperience, criada há seis anos e que tratou sobre como o Cloud Management vai impactar os bancos e meios de pagamento para as pequenas e médias empresas.

Foi possível ver a famosa robot Sofia, agora com o seu “irmão” o robot Philip K. Dick, participando de um debate ao vivo (veja foto) e tratando de como será nossa vida e o mercado de trabalho com esses seres, que evoluem cada vez mais rapidamente.

Enfim, muito conteúdo sobre 5G, IA, robots e sobre como será o mundo, como será o marketing em 2020, se é tarde para salvar o planeta, como inovar, como serão os transportes e as casas em 2025, etc… mas há algo em comum em diversas falas, que tem a ver com construir um futuro mais “aberto”, e não só falando sobre plataformas abertas, com empresas mais socialmente responsáveis e que realmente agreguem algo a mais para as sociedades, algo que vai além dos lucros.

Artigo publicado no dia 07 de Novembro, no portal Meio&Mensagem

sandra turchi - blog
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Especialista em Marketing Digital e E-commerce, palestrante, professora e sócia-diretora da Digitalents.

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