mulheres na transformação digital Mulher fazendo parte datransformação digital e liderando uma equipe.

O papel das Mulheres na transformação digital das empresas

Antes de começarmos essa conversa necessária e urgente sobre mulheres na transformação digital, quero deixar aqui para você alguns dados: somos minoria na indústria de tecnologia.

Quer saber quanto? A pesquisa YouGov Global Profiles mostra que, no Brasil, apenas 7% das pessoas que declararam fazer parte do segmento de Tecnologia da Informação (TI) e Telecomunicações são do sexo feminino.

E aqui vamos ampliar esse cenário, também, para outras áreas relacionadas à nova economia, em cargos de analistas, gestores e executivos C-Level. Se por um lado, essa questão preocupa por conta da falta de atenção a pilares de diversidade e igualdade no trabalho, por outro, tenho uma plena certeza do quão fundamental é o papel das mulheres na transformação digital das empresas.

Atributos femininos:

Aqui vou reproduzir um insight que a executiva de tech, Elisabeth Oppenauer relatou neste artigo sobre diversidade.

Por que o iPhone, da Apple, é um dos produtos mais valiosos do mundo? Por conta da força da marca e desejo de consumo? Não. Não é por causa da tecnologia avançada do device. Ele é o que é por causa do seu design (por completo) que é intuitivo e faz coisas da forma que os usuários esperam que ele se comporte – e esse tipo de antecipação e adaptação aos mais diversos cenários são atributos ligados mais ao comportamento das mulheres do que dos homens.

Diante disso, fica a pergunta, se no escopo desses produtos há pontos que têm forte relação com o feminino, por que esse é um cenário ainda dominado pelo masculino?

Fatores que fazem a diferença:

Em um estudo com mulheres em posições de liderança em grandes empresas de tecnologia, a pesquisa “Global Female Leaders”, desenvolvida pela revista Harvard Business Review, mostra alguns pontos importantes que vale a pena discutir.

São características apresentadas nas quase 700 pessoas ouvidas, que fornecem um panorama interessante sobre quais abordagens em comum permeiam esse cenário de evolução na jornada profissional.

Como tenho toda uma carreira no segmento de marketing digital, headhunting e capacitação – inclusive, você pode conhecer mais sobre o meu trabalho à frente da Digitalents, faço questão de deixar claro que os pontos abaixo não são uma receita de bolo.

É importante encarar essas informações como indicativos, para que você escolha os melhores e os adeque com as realidades: a pessoal e a de sua empresa.

A seguir, vou escrever um pouco sobre cada uma das características apresentadas no estudo.

Networking ativo:

Existe uma frase que é muito comum quando se fala em manter uma rede de contatos: “fazer networking é igual a ter uma alimentação saudável e fazer exercícios, nós sabemos como fazer, mas o desafio é deixar isso como prioridade na sua vida”.

Não tenho aqui uma explicação formal, de dicionário, mas na prática fazer networking pode ser considerado uma atividade sócio-econômica, onde pessoas de negócio, empreendedorismo e prestação de serviços trocam contatos e reconhecimento.

Essa relação, no futuro, pode se transformar em conexão. Seu nome passa a transitar por outras redes e suas ideias ou aquilo que você faz, pode ser lembrado ou solicitado para alguma demanda, oportunidade, nova ideia etc.

Como fazer? Hoje, com as redes sociais como o LinkedIn, essa ação pode ser feita naturalmente, diretamente no seu smartphone ou notebook. No entanto, no dia a dia, isso acontece na participação de eventos, reuniões e meetings em geral, lançamentos etc.

Habilidades de comunicação:

Esse termo é bastante genérico e representa, em linhas gerais, o que está em seu enunciado. É preciso saber se comunicar bem. O quesito também foi citado na pesquisa sobre o papel das mulheres na transformação digital no mundo corporativo. Nesse ponto, é possível detalhar um pouco do que se espera de um bom processo comunicativo nos negócios:

Saber ouvir:

Os melhores comunicadores são, também, excelentes ouvintes. As equipes ganham quando a líder sabe escutar, deixando as interferências para dúvidas pontuais ou, ainda, para depois da fala completa.

Boa comunicação não-verbal:

Parece até clichê, mas o corpo fala. Um aperto de mão, contato olho no olho, expressões faciais e tom de voz contam, e muito. Eles são elementos-chave em um processo de comunicação e quando eles são exibidos de forma negativa, acabam repelindo e se tornando obstáculos.

Conhecimento sobre novas tecnologias:

De novo, não estamos falando de saber programar ou desenvolver habilidades técnicas específicas na área de TI. Mas é fundamental saber quais as tendências e os caminhos que esse mercado está tomando. Quais as habilidades exigidas para as demandas que vão aparecer e quais profissionais se inserem nesse contexto. Esse é um ponto importante para saber coordenar e liderar times que vão criar produtos ou consertar problemas.

Coragem para decisões impopulares:

Esses são momentos de grande destaque numa atuação de liderança. Aqui vão alguns pontos interessantes para se pensar:

  • No cenário ideal, as decisões devem ser impopulares antes, para que sejam populares em seguida;
  • Em qualquer cenário, não menospreze a opinião de ninguém;

Ser líder também é ter atitude para conseguir apoio no seu time.

Mulheres na transformação digital e o futuro:

Basta um simples olhar nos anúncios de cargos executivos nas empresas nos dias atuais para saber que, sim, existe um número cada vez maior de mulheres ascendendo em posições C-Level.

Os estudos e pesquisas mostram esse crescimento como uma tendência para os próximos anos. Outro dado interessante: um número considerável de CEOs homens (59% deles), em empresas internacionais, afirmaram que acreditam que serão substituídos por mulheres nas suas posições.

E aí, percebemos também uma outra tendência curiosa, que tem relação com o que chamamos popularmente de “tempo de casa”. As mulheres deixam as empresas onde atuam, por não enxergar perspectivas de crescimento nos quadros internos e passem a buscar por essa oportunidade em outras corporações.

A minha conclusão é a de que o papel das mulheres na transformação digital é de extrema importância – é algo que vai se intensificar mais e mais.

Estamos falando de profissionais preparadas para o futuro digital, com habilidades e qualidades para as novas tecnologias, foco na comunicação e no networking.

Estão prontas para as tendências de mercado, confiam na análise dos dados e têm estilo inovador e compatível com o trabalho em equipe. E isso coopera muito para o sucesso de ambas as partes envolvidas.

E você? Como está a sua carreira com relação a esse tema? Escreva para a gente e divida sua opinião.

sandra turchi - blog
assinatura sandra turchi
Especialista em Marketing Digital e E-commerce, palestrante, professora e sócia-diretora da Digitalents.

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